Aparelho Digestivo

Câncer de Intestino Grosso e Reto

O câncer colorretal (câncer do intestino grosso – ou cólon – e do reto) é o tumor maligno mais frequente do aparelho digestivo e o terceiro câncer mais frequentemente diagnosticado em nosso país.  No entanto, apesar da sua frequência, é um tumor com ótimas taxas de tratamento e cura, especialmente quando diagnosticado nas fases iniciais.

 

 

Cerca de 80% dos cânceres colorretais são ditos esporádicos, ou seja, ocorrem aleatoriamente na população.  Os outros 20% estão associados à predisposição pessoal seja por doença genética (Síndrome de Lynch, Polipose Adenomatosa Familiar…), doenças crônicas do intestino (Doenças Inflamatórias Intestinais de longa data como Retocolite Ulcerativa, Doença de Crohn) e irradiação abdominal prévia.

Outros fatores de risco associados ao desenvolvimento de câncer colorretal:

  • idade maior que 60 anos
  • história pessoal ou familiar de câncer colorretal ou pólipos
  • dieta rica em carne vermelha e carnes processadas
  • dieta pobre em frutas e fibras (verduras e legumes)
  • dieta rica em gordura animal
  • sedentarismo e inatividade física
  • obesidade
  • consumo de álcool e tabagismo

Acredita-se que a maior parte dos cânceres colorretais esporádicos, ocorra por degeneração maligna de um certo tipo de pólipo (verruga) denominado adenoma.

Por volta de 30% dos adultos com mais de 50 anos apresentam pólipos. Daí a necessidade de se iniciar o exame de colonoscopia nesta idade, independentemente de haver qualquer queixa.  Neste exame, além do diagnóstico, pode ser feita a ressecção do pólipo, com eliminação da possibilidade de se desenvolver câncer naquela lesão retirada.   Por isso, a colonoscopia além de exame de rastreamento e exame diagnóstico, é também um exame de prevenção do câncer de cólon e reto.

 

 

Indivíduos com história familiar de câncer colorretal ou outras doenças intestinais precisam iniciar o rastreamento para câncer colorretal mais cedo, e deste modo, é importante um acompanhamento médico.

 

Diagnóstico e tratamento de câncer colorretal

O câncer colorretal pode não provocar qualquer sintoma nas fases iniciais, e em muitos pacientes o diagnóstico se faz apenas por exames de rastreamento.

Em alguns pacientes pode haver:

  • Dor abdominal
  • Mudança no hábito intestinal (diarréia e/ou obstipação)
  • Sangramento retal
  • Anemia
  • Emagrecimento (dificilmente um sinal isolado)
  • Massa abdominal palpável

E pode haver também sintomas decorrentes da disseminação da doença à distância (metástases), variados de acordo com o local acometido.

O tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia, e depende principalmente da fase da doença ao diagnóstico.  Mas, a despeito dos inúmeros avanços observados atualmente em oncologia, com o desenvolvimento de novas drogas para a quimioterapia e mesmo com o aperfeiçoamento das técnicas de radioterapia, a cirurgia ainda é o pilar fundamental e a etapa mais importante do tratamento de pacientes com a câncer colorretal.

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