Aparelho Digestivo

Cirurgia Bariátrica e Metabólica

Tratamento da Obesidade e/ou Tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2

A cirurgia bariátrica se refere a todos os procedimentos cirúrgicos que são realizados para tratamento da obesidade.

Sabemos hoje que a cirurgia, além de propiciar perda de peso, promove diversas alterações benéficas no metabolismo, que aliadas à perda de peso melhoram ou eliminam os problemas relacionados ao excesso de peso, auxiliando também na manutenção do peso perdido.  Com o conhecimento destes efeitos, surgiu também o conceito de que a cirurgia bariátrica é também uma cirurgia metabólica, condição especialmente  relevante em pacientes diabéticos.

A obesidade é uma doença cada vez mais frequente no nosso meio.  O Ministério da Saúde divulgou, em 2015, uma pesquisa que revelou que 51% da população brasileira estava acima do peso.  Segundo o estudo, 17% da população brasileira estava obesa.

 

Qual o problema em ser obeso?

A presença de obesidade, além das consequências sociais e psicológicas, está associada ao surgimento e/ ou agravamento de diversas outras doenças (que chamamos de comorbidades), que aumentam o risco de morte no indivíduo:

  • Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM) – alteração na produção ou ação da insulina produzida no pâncreas, com aumento acentuado dos níveis de glicose no sangue. O DM tipo 2 é o mais frequente na população (90% dos diabéticos são tipo 2).
  • Dislipidemia – alteração nos níveis de Colesterol ruim (principalmente LDL) e Triglicérides no sangue.
  • Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) – aumento da pressão arterial.
  • Osteoartroses – doenças degenerativas das articulações por excesso de carga (principalmente em joelhos e coluna)
  • Irregularidade Menstrual e infertilidade
  • Distúrbios do Sono – sendo o mais grave a Apnéia do sono
  • Depressão maior
  • Esteatose hepática – acúmulo de gordura no fígado
  • Doenças cardiovasculares – entre elas doença coronariana, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio (IAM),  Acidente vascular cerebral (AVC)
  • Doenças Vasculares
  • Doença do refluxo gastresofágico
  • Disfunção Respiratória – entre elas asma grave
  • Aumento do risco de desenvolver alguns tumores malignos
  • Síndrome Metabólica – uma das consequências mais graves da obesidade, quando ocorre associação de intolerância à glicose, hipertensão arterial e dislipidemias levando a um aumento expressivo de ocorrência de eventos cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral/AVC e tromboses).

Uma das formas mais utilizadas de verificar se uma pessoa está obesa é avaliar o seu índice de massa corpórea.

 

 

Classificação de IMC  (Índice de Massa Corpórea)

 

IMC – 40 – Obesidade grau 3, Obesidade Severa ou Mórbida

A Cirurgia da Obesidade está totalmente indicada, em pacientes preparados.

 

IMC – 35 a 39,9 – Obesidade Grau 2

Se o paciente apresentar doenças associadas à obesidade, a cirurgia é recomendada.

 

IMC – 30 a 34,9 – Obesidade Grau 1

Nesse estágio, há necessidade de tratamento clínico com endocrinologista para perda de peso.  Em situações especiais, como na presença de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM), a cirurgia pode ser indicada  (a resolução do CFM Nº 2.172/2017, reconhece a cirurgia bariátrica e metabólica como tratamento de pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2, com IMC entre 30 kg/m2 e 34,9 kg/m2, que não apresentaram resposta ao tratamento clínico convencional).

 

IMC – 25 a 29,9 – Sobrepeso

Paciente acima do peso, porém não considerado obeso. O indicado é procurar tratamento clínico com endocrinologista.

 

IMC – 18 a 24,9 – Peso normal

Faixa normal de peso.

 

Tipos de Cirurgias Bariátricas

As cirurgias se baseiam em 2 mecanismos principais:

  • Restringir a quantidade de alimento ingerido através da diminuição do tamanho do estômago (restrição)
  • Diminuir a área de absorção de alimentos no intestino através de um desvio intestinal com redução do tamanho do intestino em contato com o alimento ingerido (disabsorção).

É importante lembrar que o tratamento cirúrgico da obesidade é o método que em longo prazo faz o melhor controle da doença, com melhoria em todos os tipos de comorbidades, e índices de remissão para DM tipo 2 (diabetes) e HAS (Hipertensão arterial) de 75-85% dependendo do método escolhido.

Porém, independente da técnica que tenha sido utilizada, para um ótimo resultado do tratamento é necessário colaboração e aderência do paciente à orientação médica, nutricional e psicológica.  Um bom acompanhamento pós-operatório tem impacto direto no sucesso da cirurgia.

Todas as técnicas são realizadas por videolaparoscopia e cada uma delas tem suas peculiaridades.  Não existe cirurgia melhor ou pior, existe sim a melhor opção para cada paciente.  Portanto, esta decisão deve ser tomada caso a caso, em conjunto (médico e paciente), de acordo com perfil alimentar, perfil psicológico e presença de comorbidades.

Em nosso país há quatro tipos de cirurgia aprovadas, que utilizam restrição alimentar, disabsorção ou ambos os mecanismos (técnicas mistas):

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